“No dia seguinte, depois de saírem de Betânia, teve fome, e avistando de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se, porventura, acharia nela alguma coisa; e chegando a ela, nada achou senão folhas, porque não era tempo de figos. E Jesus, falando, disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto de ti. E seus discípulos ouviram isso.” (Mc 11.12-14).
No texto em estudo, entendemos pelo seu contexto, que Jesus para revelar aos seus discípulos o poder da sua palavra na realização de maravilhas, realizou este feito, porém podemos tirar outras lições para nossa edificação espiritual.
Como cristão temos a responsabilidade de saciar a fome espiritual deste mundo, “... daí-lhes vós de comer.” (Mt 14.16) e se não realizando isto para nada serviremos, pois não estaremos cumprindo a nossa tarefa: “E lançai o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes. (Mt 25.30). Estaremos apenas ocupando espaço nesta sociedade. (Lc 13.6-9).
Se o empregado não exerce sua função da qual foi designado, o mesmo será demitido pelo empregador e admitirá outro em seu lugar. Servo inútil, para nada presta.
O crente verdadeiramente salvo possui em sua vida o fruto do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é...” (Gl 5.22). E este fruto se manifesta nas diversas características como caridade, bondade, benignidade e outras e como isto, automaticamente esse crente ira ajudar a outro que necessitam de salvação.
Quando destaco “crente salvo”, me refiro aos nascidos de novo, nascidos da água (a Palavra) e do Espírito (o Espírito santo), (Jo 3.5). O natural do crente verdadeiramente salvo, nascido de novo, é dá fruto, é a manifestação desse fruto através de ações, atitudes positivas, demonstrando caridade e compaixão entre outras características.
Se você está realmente salvo dará muito fruto: “... quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (Jo 15.5). Quem é salvo se torna um crente frutífero, alguém que faz a diferença, que faz falta na obra de Deus quando falta. O que tens feito na casa do Senhor? O que tens realizado de frutífero na sua caminhada cristã? Tens contribuído para o engrandecimento do reino de Deus? Tens edificado vidas? Tens arrancados alguns do fogo do inferno? Assim nos adverte Judas: “conservai-vos no amor de Deus,... E apiedai-vos de alguns que estão na duvida, e salvai-os, arrebatando-os do fogo; e de outros tende misericórdia...” (Jd 23).
Faz-se necessário que ao frutificarmos reflitamos como esta sendo o nosso fruto. Aquele que edifica veja como é sua obra, para quem e para que estas a trabalhar. Filipenses revela: “Não que procure dádivas. Mas procuro o fruto que cresça para a vossa conta.” (Fp 4.17) Para edificação e crescimento de outros e não meu.
Tiago diz: “Ora, o fruto da justiça semeia-se em paz para aqueles que promovem a paz.” (Tg 3.18). Se algo que faço na casa de Deus está trazendo divisão, contendas, debates ou competição, desta forma não estou glorificando a Deus com minhas ações.
Os frutos produzidos pelos salvos são permanentes, que seguem para a vida eterna. João 15.16: “Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça...”.
O fruto produzido por nos não pode ser por competição, não para ser visto pelos homens e sermos elogiados, mas para gloria de Deus: “cheios do fruto de justiça, que vem por meio de Jesus Cristo, para a gloria e louvor de Deus.” (Fp 1.11) “Guardai-vos dos falsos profetas, que vem a vos disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. “Pelos seus frutos os conhecereis.” (Mt 7.1516ª). Pelas suas atitudes. “ Toda arvore que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo.” (Mt 7.19).
Não basta apenas ter atitudes, ações, projetos na obra do Senhor, é preciso avaliar as qualidades dessas ações. Tem que frutificar, mas o fruto tem que ser bom e que permaneça. E por isto que o Senhor declara que:
“Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade. (Mt 7.22,23).
Para que identificamos de que forma estamos frutificando, produzindo através da nossa vida, do nosso trabalho, da nossa dedicação, com a unção do Espírito Santo, gerando vidas para ao reino de Deus, o nosso fruto deve ter as seguintes qualidades: ser fundamentado no amor, dependente de Cristo, ter permanência e que glorifique a Deus. (Jo 15. 5, 8, 9,16).
Em João capitulo 4 Jesus declara:
“Disse Jesus: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e completar a sua obra. Não dizei vós: Ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Ora, eu vos digo: levantai os vossos olhos, e vede os campos, que já estão brancos para a ceifa. Quem ceifa já esta recebendo recompensa e ajuntando fruto para a vida eterna...”. (Jo 4.34 - 36ª).
Fruto que permanece é gerar vidas para Deus, ganhar almas para o seu reino, este e o maior fruto baseado no amor.
Portanto amados, construir templo é bom e necessário, formar grupos é bom, criar projetos também é bom, mas ganhar vidas arrebentando-as do inferno e muito melhor, e esta foi a missão de Jesus nessa Terra. Este fruto não se queima, esse fruto não se apaga. (I Co 3.6-15). Desta forma concluo com as palavras do aposto São Paulo aos romanos:
“... (mas até agora tenho sido impedido), para conseguir algum fruto entre vós, como também entre os demais gentios. De modo que, quanto está em mim, estou pronto para anunciar o evangelho também a vós que estais em Roma.” (Rm 1.13,15).